segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Que exemplo estamos dando aos nossos filhos?

Lucas Filho

Não. Não é uma postagem repetida. É a mesma situação de outra postagem que fala como nós pais podemos ser exemplo para os nossos filhos. E este exemplo ainda é pior pois acaba de vez com a inocência não só de uma criança, mas de um recém-nascido.

Mais uma vez em um shopping, minha esposa, meu filho e eu, estávamos sentados quando minha esposa me chamou a atenção para a mesa ao nosso lado. Sentadas, duas senhoras, uma criança e um bebê. E sobre a mesa, a famosa torre de chopp – que eu chamo de “torre de babel”, pois quem dela participar, depois de um tempo estará falando em línguas diferentes.

Se acompanhou a outra postagem: “Somos espelhos para as nossas crianças?”, já deve ter visto uma situação bem parecida. Mas o que parecia não ter como piorar - enquanto uma criança “se diverte”, desta vez tive náuseas por ver o que algumas pessoas podem fazer em detrimento de seu prazer.


O péssimo exemplo

Imagine a cena: Uma senhora do centro da foto está com o seu bebê (recém-nascido) no colo. Perceba que há também uma garrafa de água na mesa. Entretanto, a mãe deste pequeno ser, não estava bebendo água, mas o chopp. Ok, ok. Você deve estar se perguntando e aí? O problema é que esta senhora amamentava o seu filho enquanto bebia o chopp. Mas o que isto pode causar na criança? Segundo o site bacycenter.com temos alguns fatores para levar em consideração:
O consumo de bebidas alcoólicas pode prejudicar sim a amamentação, dependendo de o quanto e quando se bebe. Os níveis de álcool no sangue e no leite geralmente ficam alterados mais de uma a uma hora e meia depois do último drinque, embora esse tempo (assim como o tempo que leva para o álcool se dissipar do sangue) varie de pessoa para pessoa.
O problema aqui é que no mesmo instante que amamentava, a mãe ingeria o chopp. Não sou médico, mas acredito que, só o odor do chopp pode causar alterações na criança. Então o odor e ingestão podem causar reações diversas no organismo da mãe e consequentemente no bebê.
Assim como acontecia na gravidez, a ciência não tem como estabelecer níveis seguros para a ingestão de álcool das mães que amamentam, mas já sabe que quanto mais se bebe mais tempo leva para o álcool ser eliminado do corpo.

Muitos especialistas recomendam que o mais cauteloso é a mulher cortar de vez as bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas (de maior teor alcoólico), como pinga, vodca, uísque etc., e em especial se o bebê ainda só mamar no peito.

Um gole de cerveja ou vinho de vez em quando não parece fazer mal ao bebê ou interferir na produção do leite a longo prazo. Pesquisas já mostraram, no entanto, que o álcool afeta a fome e o sono dos bebês. Durante as quatro seguintes que uma mãe que amamenta toma um copo de vinho ou uma lata de cerveja, por exemplo, seu bebê ingere 23 por cento menos leite materno.”

O que podemos perceber é que, este ato de ingerir bebidas alcoólicas diminui a quantidade de leite ingerido pela criança. E como a criança se alimenta deste leite, isto faz com que a alimentação seja reduzida. Seria então como diminuir 23% da quantidade de leite em uma mamadeira se a criança só se alimentasse do leite. O que poderia provocar um déficit no crescimento da criança.
Grande consumo de álcool também pode deixar o bebê mole ou sonolento (porém com sono leve), algo que interfere em sua capacidade de sucção. Nos bebês que sofrem de refluxo, pode aumentar o risco de regurgitação.
Outra consequência da bebida, mesmo em doses moderadas, é que ela pode atrapalhar a "descida" do leite materno. Já as doses maiores podem fazer com que a mãe não consiga cuidar direito do próprio filho.
Problemas de refluxo então podem causar engasgos no bebê. E como está escrito no segundo parágrafo: “Já as doses maiores podem fazer com que a mãe não consiga cuidar direito do próprio filho.” Isto implica na consciência da mãe sobre o que está acontecendo. Se a mãe estiver embriagada ou com traços de embriaguez esta pode, pode exemplo, não ter reflexos suficientes para segurar o seu filho quando se movimentar. Este quadro de embriaguez pode ser obtido mais rapidamente pelo cansaço que é acordar em curtos intervalos de tempo para cuidar do bebê, e assim não tendo uma alimentação mais favorável. E desta forma, o organismo da mãe acaba se alterando mais facilmente com presença de álcool no sangue.
Existe ainda um estudo que aponta que crianças expostas regularmente ao álcool através da amamentação nos primeiros três meses de vida têm uma leve, mas significativa, demora no desenvolvimento motor. Outras pesquisas não confirmaram ainda tal efeito.

Aqui temos uma aposta

Se algo pode dar errado mas ainda não tem comprovação, então vale correr o risco? Se a medicina não comprova ainda é motivo para para negar alguns estudos que apontam o contrário?

Será que as nossas vontades não podem ser freadas por amor aos nossos filhos? Se então não conseguimos parar de ingerir bebidas alcoólicas nos primeiros meses de nascimento de nossos filhos, será que isto não seria um alerta de alcoolismo?

Seja por uma questão científica, ou social, a ingestão de bebidas alcoólicas me parece não recomendável às gestantes. Este quadro se mostra pior ainda quando vemos que do lado direito da mesma fotografia, temos uma outra criança. Ou seja, a leitura desta imagem é que não há limites quando queremos satisfazer os nossos impulsos, mesmo que estes possam influenciar na educação e percepção de mundo dos nossos filhos.

O exemplo pode não ser seguido

Quando eu tinha aproximadamente 12 anos, vi em um bar perto de casa, um pai colocar um copo de cerveja na boca de seu filho. Todos os “amigos” vibravam com aquela criança de colo que virava um copo de cerveja. Não sei que fim teve esta criança, mas sei que pela sua inocência este não evitaria o “exemplo” do pai.

Meu pai tinha problemas com bebidas, nem por causa disso fui muito de beber, logo por que minha mãe me alertava para os riscos e me dizia: “Quer ficar como o seu pai?” Mas, nas duas postagens que tratei sobre este assunto, as mães poderiam dizer para os seus filhos no futuro: “Tu não vai beber como a sua mãe não?” Ou seja, no primeiro caso o pai é cúmplice e no segundo ausente (?).

Note que nas duas postagens sobre o exemplo dos pais – até agora, são as MÃES que estão bebendo, não os pais. E se os dois bebem, quem irá dizer para o filho que a bebedeira é algo prejudicial?

Um alerta

Saímos de lá com um gosto amargo na boca. Minha esposa – que está grávida, estava bebendo refrigerante, decidiu que só vai voltar a tomar refrigerante depois que ele parar de amamentar. Passei pela mesa “das senhoras” com uma vontade enorme de conversar com aquela mãe, mas quem sou eu para isto? O que ele poderia falar ali, já estando alterada pelo consumo do álcool? Só espero que meu filho no futuro tenha a compreensão do certo e do errado. O exemplo vai ser dado, cabe ao mesmo seguir ou não.

A “estorinha da carochinha” que se fala que “tudo é normal” não deve ser levado em consideração por nós evangélicos. O “normal” é educar os nossos filhos para não repreendermos quando estes forem adultos. É mostrar que caminho devemos seguir. Mostrar o certo e o errado. Sermos exemplo de pessoas que não buscam a felicidade em garrafas retornáveis ou não. Sermos verdadeiramente pais e acima de tudo cristãos.

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele".(Provérbios 22:6)


Divulguem esta postagem e ajudem a mudar o mundo!

Obs: Os rostos foram desfocados para evitar constrangimentos futuros.

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