terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O encontro do divino com o profano

Lucas Filho


Em uma parede de um shopping em Fortaleza, Ceará, um adesivo com uma propaganda de uma marca de óculos, parece não um pouco inocente. Fazendo com que o "recado" do mundo de que "tudo é permitido" ficasse cada vez mais evidente. Este anúncio me chamou a atenção não pelo fato da mulher e o ato em si (assassinato), mas pelo contexto, pelo ambiente que a mensagem estava.

Me lembrei de que os programas de televisão apresentam a classificação da idade recomendada para o programa. Mas fica então a pergunta: E para cartazes? Não há censura? Será que tudo é permitido? Todos os que passavam pela porta principal do shopping se deparavam com a imagem da jovem nua dentro de uma banheira afogando - quem sabe, seu namorado. A imagem em si já é chocante, e exposta na altura do olhar de uma criança que por lá andasse, mostra a nós pais o cuidado que devemos ter com o que os nossos filhos estão vendo por aí.

Depois que saímos do shopping, tive uma sensação que eu deveria voltar até lá para ver mais uma vez aquela imagem, até este momento, não passava pela minha cabeça de escrever algo sobre o ocorrido. Entretanto, quando me vi novamente olhando para aquela propaganda, observei um pequeno detalhe na composição. Na parede ao lado, esquecido por muitas pessoas que por ali passam, um crucifixo.  Tomando como base um outro ponto de visualização da imagem, parecia fazer Jesus Cristo olhar de forma a não acreditar em tal imagem fixada tão perto. O encontro do divino com o profano, então se fazia real. A audiência dos olhares se fazia presente, para onde olhar: para o divino ou para o profano?

Talvez ninguém, até mesmo a empresa que fixou o anúncio, pode não ter notado o posicionamento da propaganda, então podemos creditar este fato ao acaso - mesmo que este "acaso" possa ter feito isto para que a nossa mente veja que, em um mundo que se prega a normalidade de tudo, que o divino e o profano possam conviver lado a lado.

Depois, ao chegar em casa, olhei várias vezes a imagem e fiquei imaginando quantas pessoas tiveram a mesma visão. Podem até me chamar de louco, que vejo problema em tudo, mas as mensagens que são bombardeadas todos os instantes vindo da tv, outdoor, músicas e outros, me faz acreditar que estamos cercados por situações perigosas que os nossos olhos até enxergam, entretanto, a nossa mente processa de uma outra forma.

Fica então aqui mais uma vez o alerta para os irmãos que tendem a aceitar tudo que, aparentemente, são inofensivos, mas que na verdade enche a nossa alma de coisas mundanas.

Retornai Senhor, retornai!



Lucas Filho

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