sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vida longa às nossas criancinhas. Será?

Lucas Filho - Suco?

Em uma de minhas idas a um supermercado próximo a minha casa, meu filho de cinco anos me chamou a atenção para um produto que estava próximo a entrada. E ao olhar para este produto, passou um filme em minha cabeça de como estamos expostos a tudo neste mundo.

Olhando a foto que ilustra a nossa postagem, vi o motivo que levou o meu filho chamar a minha atenção. Fã de heróis da TV, me pediu que comprasse aquela garrafa do batman. Até então nada de anormal, afinal de contas, o comércio vive disto, de explorar imagens para induzir o desejo nas pessoas. Mas ao observar bem não a imagem mas a garrafa, me lembrei que o mesmo formato é usado nas cidras e champanhes das festas de natal e ano novo que se aproximam. Então um filme passou em minha cabeça e fui projetando o que aquela inocente garrafa poderia fazer de mal.

"Ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho, não se desviará dele.” - Provérbios 22:6

As pessoas que ainda não tiveram “as vendas retiradas dos seus olhos” espirituais nunca entenderão. Mas não é preciso muito para saber que consequências uma simples garrafinha pode trazer para os nossos filhos.

Imagine comprar esta bebida – perceba que a mesma tem bem destacada “Sem Alcool”. A criança poderá gostar do seu suco. Desta forma poderá lhe pedir mais depois e veja que maravilha: uma criança bebendo e lhe pedindo mais.

Depois de um ano, novamente aquele suco engarrafado como se fosse uma bebida boa para as ocasiões onde o filho pode ver – em tese, os seus pais e toda a família junta. Veja que coisa extraordinária: quando tenho esta bebida “mágica” nas mãos, eu sei que os problemas com os meus pais por um tempo desaparecem. Santo suco!

Ao crescer, a criança vai perceber que o suco não faz mais efeito. Afinal de contas crescemos em percepção e veremos que as brigas em família continuam. Desta forma, o que resta ao filho, é tomar algo mais forte, algo que possa fazê-lo esquecer do mundo no qual vive. E quem sabe aquela “garrafinha” tão companheira na infância agora possa fazer efeito e me trazer as mais belas recordações em família.

Um exemplo em família

Nunca fui de beber, mesmo quando não era evangélico. Mas o que me fez ter aversão a bebida foi o meu pai. Muitas vezes ele chegava em casa “mais pra lá do que pra cá”. Mesmo pequeno, quando avistava o seu carro próximo a nossa casa, ia até lá e dizia que “a mãe estava chamando” só para fazê-lo parar de beber.

Olhando então para aquela garrafa me lembrei de que na adolescência muitas vezes, aos domingos, tomava cerveja no almoço. Minha mãe sempre ficava triste com isto, mas eu adolescente nem ligava muito. Afinal de contas, uma cervejinha no final de semana não mata ninguém não é mesmo?

As festas de natal se aproximam, é quase uma tradição a família se reunir na casa de uma de minhas irmãs. E o que eu sei, é que na verdade tudo é desculpas para beber. O real motivo por todos irem é mais uma fantasia de que tudo vai dar certo no ano que vem – se a gente beber muito é lógico. Porque não nos encontrarmos para uma “sucarrada” - festival de sucos?

Não sei se irei neste ano. Não suporto a ideia de ver meus irmãos e irmãs se reunindo, comemorando o natal com a motivação completamente errada sobre esta data. Inclusive vou aprontar um texto sobre o real significado do natal. E o mais intrigante é que este texto, veio em minha mente quando eu disse para a minha esposa que não tava muito afim de ir para lá. Quem sabe não é Deus me dando uma mensagem de natal para a minha família... vou orar por isso.

Então meus amados, não podemos deixar que as “delícias” do natal nos confundam e o que é pior, confundam as nossas crianças. Por isso, espero em Deus que este natal – embora tenha grande chances de ser comemorado na data errada, possa ser com o seu real significado: o amor a Deus.


Lucas Filho

Um comentário:

  1. Lucas, parabéns por compartilhar mais esse texto conosco; ele reflete muito o que pensamos e muitas vezes erramos por ficarmos em silêncio.

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