Pois agora especialistas nas Escrituras têm trazido a público novos elementos capazes de refutar definitivamente a tese do romance. “Os textos que mencionam esse tipo de envolvimento entre Madalena e Jesus foram escritos pelo menos 100 anos depois dos evangelhos bíblicos”, aponta Ben Witherington III, especialista em Novo Testamento do Seminário Teológico Asbury, nos Estados Unidos. E a intenção de tais autores seria justamente combater visões mais ortodoxas do Cristianismo, então em fase de franca expansão. A maioria dessas fontes foi escrita em grego ou em copta, língua egípcia falada durante o período romano.
Uma das mais conhecidas é O Evangelho de Filipe, escrito extra-bíblico provavelmente compilado no século 3 da Era Cristã – portanto, não escrito por nenhum contemporâneo de Jesus – e que fala até em beijos entre o suposto casal. Todos esses textos compartilham a teologia gnóstica, baseada numa espécie de revelação secreta e esotérica. Com isso, Maria Madalena passou a ser usada pelos gnósticos como um símbolo do “conhecimento verdadeiro” que teriam de Jesus, e como a verdadeira predileta de Cristo, da qual eles seriam seguidores. Esse aspecto polêmico e tardio de tais textos torna bastante improvável que haja em seu conteúdo alguma memória histórica envolvendo a Madalena real. Inclusive, o gnosticismo era combatido pela comunidade do Cristianismo, que seguia os ensinos de apóstolos como Pedro e Paulo.
“Pesquisas sem seriedade” – Mas quem foi Maria Madalena? Além do que se diz dela na Bíblia, particularmente no evangelho de Lucas, a tradição afirma que, devido ao nome por que era conhecida (Magdalini, em grego), ela provinha de Magdala, vilarejo de pescadores a noroeste do Mar da Galiléia. Provavelmente, começou a seguir Jesus depois que ele expulsou dela sete demônios – fato que, segundo os historiadores, colaborou para disseminar sua imagem de “pecadora arrependida”. Ao contrário de muitos rabis de seu tempo, Jesus era seguido também por mulheres. “Duas das qualidades extraordinárias de Jesus são o fato de que ele recrutava seguidores de ambos os sexos”, continua Witherington. Além de Madalena, havia Maria, mãe de Jesus; outra Maria, mãe de Tiago; Maria de Betânia, irmã da Marta e Lázaro; além de Joana, Suzana e outras. Contudo, é fantasioso imaginar que alguma delas tenha tido papel de destaque em seu ministério.
Todavia, a cultura judaica da época impedia que as mulheres ensinassem ou mesmo falassem em público. É certo que o grupo feminino acompanhava a comitiva para suprir necessidades básicas como alimentação e abrigo, inclusive com seus bens. O fato seria considerado escandaloso pelos judeus do século I, para quem as mulheres deveriam ficar em casa com seus maridos e, quando viajassem, teriam de ser acompanhadas por parentes do sexo masculino. Daí teriam surgido as insinuações de uma relação mais próxima entre Jesus e a mulher de Magdala – hipótese rechaçada pelo padre John P. Meier, professor da Universidade de Notre Dame, em Indiana (EUA) e autor dos livros da série Um Judeu Marginal: “Embora o Novo Testamento cite claramente a família de Jesus, como seus pais e irmãos, não há nenhuma referência de que ele tenha tido filhos ou mesmo se casado”, lembra, embora o casamento fosse considerado quase uma obrigação religiosa no primeiro século. Para Meier, Jesus manteve-se celibatário como sinal do compromisso exigido por sua missão.
A historiadora e arqueóloga Fernanda de Camargo-Moro, autora do livro Arqueologia de Madalena (Editora Record), lembra que as mulheres de então eram conhecidas pelo parentesco com alguma outra pessoa – normalmente, o marido, cujo nome era associado ao delas. “É possível até que ela nem tenha se casado com ninguém, já que sua alcunha é uma mera referência ao lugar onde nasceu”, opina. “Concluir que Maria Madalena era casada com Jesus é resultado de pesquisas superficiais e sem seriedade”, conclui.
Por Carlos Fernandes
Fonte: http://www.cristianismohoje.com.br/materia.php?k=617
Eu já li sobre o assunto. A conclusão dada foi que outros discipulos de Jesus faziam escrituras sobre Jesus e madalena, contavam sobre suas vidas, seus costumes, beijos ,etc. Por que tanta euberância em relação a isso? e SE foi verdade e SE não foi? na mesma opinião desse "E SE" que você tem sobre esse assunto um tanto polêmico eu tenho em relação ao "pai" de Jesus, será que o paizão do céu existe mesmo? me prove!
ResponderExcluirOlá "Anônimo",
ResponderExcluir"...será que o paizão do céu existe mesmo? me prove!"
Vamos nessa. Primeiro vou listar o que nos faz duvidar da existência de Deus:
01 - Morte de alguém querido - Ele poderia ter levado o "Fernadinho Beira-mar" não era mesmo? Por que levou a pessoa que eu amo? Simples: Você conhece alguém imortal?
02 - Li a Bíblia e não acreditei nela - Leu uma comentada ou uma comum. Se leu uma comum, FAIL, você não entenderá nada mesmo, achará uma história qualquer. Se leu sem oração pior ainda. Se ler uma comentada e em oração e ainda sim pedir explicações a outras pessoas que tem mais conhecimento do que o seu, aí sim pode começar a duvidar.
03- Alguém escreveu ou lhe disse que Deus não era bom, por isso não existia já que Deus é amor - Alguém pode ter pegue um versículo em separado como a morte de mulheres grávidas (que ocorreu) e ter tirado toda a ideia de uma ou mais versículos neste sentido. Ler um versículo não prova nem a existência e nem a falta de Deus. Ler sobre o processador não lhe diz como um computador funciona, só entenderá quando unir tudo.
04 - Nunca viu pessoalmente Deus - Ninguém nunca o víu, nem os mais crentes deste mundo. Deus não se apresenta na forma de pessoas, mas de algumas ações. Por exemplo, conheço uma pessoa que "em oração" perguntou se o modo como tinha relações sexuais com a sua esposa era correto. Pediu que, se não fosse, nele aparecesse alguma infermidade. Uma semana apareceu uma infecção em seu pênis. Usou uma pomada e orou, agora já está bem. Todas as perguntas são respondidas?... não. Mas saber fazer a pergunta de forma correta tem grande chances.
05 - Conheceu um pastor que se importa mais com o dinheiro do que com o ensinamento da Bíblia - Isto é um grande erro, não seu e sim do pastor/ padre/ guia espiritual. Nem todos os pastores pregam apenas a prosperidade, nem todos os pastores falam só de dinheiro.
Se você passou por algumas das situações acima, então você "tem mágoa" que é diferente de "não acreditar". Não é por que as coisas não saem do modo que planeja e pede a Deus que o mesmo não existe.
Se acha que a Bíblia é uma farsa, veja o primeiro número de nossa revista: http://revistaevangelico.blogspot.com.br/p/revista.html
Se acredita mais na ciência do que em Deus, aguarde o segundo número. Se não acredita em Jesus, aguarde o terceiro número.
PS: Se quiser realmente conversar no mínimo deixe o seu nome, isto mostra que você tem convicção do que escreve, se não for assim, me dou o direito de não responder mais outas questões relacionadas a esta.
Que a paz do Senhor esteja contigo.
Lucas Filho
Existem muitos escritos por aí gnósticos "misticos" a respeito de Jesus, será que foram mesmos escritos por seus discípulos? ex: livros como o de tomé dito como o "quinto evangelho", que coloca Jesus de uma forma contraria as demais escrituras, se esses livros apócrifos fossem verdade, tudo que esta sendo pregado nas Igrejas estaria errado! A verdade é uma só, Jesus é puro, Maravilhoso, e é o Único Salvador da humanidade, Ele é o caminho a verdade e a Vida!
ResponderExcluirUe o pastor pode casa porque ele não entao pastor tinha que ser que nem padre
ResponderExcluirOlá Alexander Germano, obrigado por comentar.Pois é não entendo,acho até que se Ele tivesse casado seria "mais humano". Entretanto, acredito que sendo Deus, Ele sabe das aflições de uma vida a dois : )
ExcluirA paz.