segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pergunta aos Romanistas

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1. Os cristãos bíblicos tinham a plenitude da graça de Deus somente com os escritos apostólicos, sem os “pais antigos” e a Tradição medieval?

2. A qual Evangelho Paulo se referiu como “poder” e “salvação” do crente (Romanos 1:16), visto que o romanismo considera o “Evangelho” como incompleto sem a Tradição e às sucessivas interpretações do Magistério ao longo da História?

3. O seguinte texto : “Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.” (Salmo 119:97,99) por acaso não fere a divina inspiração da Tradição e autoridade da Igreja, descartando perigosamente o Magistério?

4. Onde estava o Magistério da igreja de Beréia, onde os próprios cristãos julgavam o ensino de Paulo “para ver se as coisas eram de fato assim” (Atos 17:11), e que estranhamente mereceu o elogio do apóstolo?

5. Se Roma tem a primazia por ser supostamente considerada a cidade em que Pedro exerceu seu ministério, então por que não foi dada razão maior a Antioquia, pois diz a mesma tradição que antes de Pedro ir para Roma ele exerceu primeiro seu episcopado em Antioquia, deixando lá seus sucessores Evódio e Inácio?

6. Não teria Paulo invadido o território episcopal de Pedro, o papa, ao enviar uma carta de instruções corretivas àquela Igreja, pois onde estava Pedro que não instruía os romanos sobre a doutrina? Pois Cristo disse a ele: “confirma teus irmãos na fé” (Lucas 23:32).

7. É propagado nos meios de comunicação que, sendo a Igreja o amor de Deus na Terra, ela jamais praticou o mal, mas sim “pessoas da Igreja” praticaram o mal. Como devo, então, interpretar a Inquisição e as Cruzadas ? Como um ato de “pessoas da Igreja” (crueldade), ou como um ato da “Igreja” (amor)?

8. Os papas medievais representavam a “Igreja” ou eram apenas “pessoas da Igreja”?

9. Supondo que a violência medieval tenha sido um ato de “pessoas da Igreja”, por que o papa atual pede perdão em nome da Igreja, ou ainda responsabilizando-se por erros pessoais de outros?

10. Visto que é impossível uma casa permanecer de pé se o seu alicerce estiver podre, como a Igreja permaneceu de pé, apesar da devassidão de sua suposta pedra fundamental (o papa) durante vários períodos?

11. Como pode o inferno não ter prevalecido contra a Igreja, mas ao mesmo tempo – num lapso da parte de Deus, quem sabe – ter prevalecido contra a pedra fundamental de sua estrutura (o papa)?

12. A infalibilidade dos papas (Cânon 891 do Catecismo) poderia também abranger Pedro, mesmo que este tenha sido repreendido publicamente por Paulo, e ainda acusado de dissimular junto com os cristãos judaizantes (Gálatas 2:11-14)?

13. A Igreja é a coluna e sustentáculo da verdade (1 Timóteo 3:15) ou é a própria verdade?

14. O papa Pio IX, declarado infalivel, disse que a liberdade de consciência e de culto são uma loucura. Declarou ainda que os não católicos que vivem nos países católicos não deveriam ter permissão de praticar publicamente a sua religião. Já o Concílio Vaticano II (1962-1965) elaborou um documento intitulado “Declaração Sobre a Liberdade Religiosa”, o qual declara que todas as pessoas têm direito à liberdade de religião (“Dignitatis Humanae”). Em qual documento devo acreditar?

15. Se Pedro repreendeu Cornélio quando este se lançou aos seus pés (Atos dos apóstolos 10:25,26), qual a razão da cerimônia milenar do “beija-pés”, quando os cardeais beijavam os pés do papa?

16. Onde se encontra a distinção entre “o poder de ligar” (exclusivo ao papa) em Mateus 16:19 e o “poder de ligar” (relativo aos sacerdotes comuns) em Mateus 18:18?

17. Onde se encontra a distinção entre clero e leigos nas passagens de Mateus 19:12 e 1 Coríntios 7:25-27, no que diz respeito às virtudes do celibato?

18. Onde se encontra a distinção entre leigos e clero na passagem de Gênesis 2:18,24, no que diz respeito à solidão e à consequente necessidade do matrimônio?

19. Um padre criminoso tem o poder de absolver os pecados de outrem 20? Por que o mesmo Espírito que inspiraria e capacitaria um padre a perdoar ou reter o pecado de outra pessoa não preservaria sua própria alma de pecar, ou pelo menos absolveria a si próprio?

21. Ao prometer o paraíso ao ladrão na cruz, Deus abriu uma exceção em sua própria determinação fazendo assim acepção de pessoas, ou Tiago errou ao afirmar que em Deus “não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17)?

22. Supondo que Deus tenha aberto exceção em sua própria regra quanto ao Batismo (Ele poderia ter aberto outras, quem sabe), por que o Catecismo Romano estabelece o sacramento do Batismo como algo absolutamente necessário à salvação (Cânon 1257)?

23. Como Cornélio recebeu o Espírito Santo sem ter sido batizado (Atos dos apóstolos 10:44-48)?

24. Agostinho, declarado santo, zombou da Transubstanciação. Por que a Igreja não o considera como herege blasfemador e execra todos os seus escritos por discordar e zombar de uma doutrina tão fundamental?

25. Por que a hóstia consagrada vem a estragar, se Pedro disse que o corpo de Cristo jamais viu corrupção (Atos dos apóstolos 2:31)?

26. Como é possível afirmar que uma obra resulta em acréscimo de graça, e ao mesmo tempo negar que no fim deste mesmo processo estas mesmas obras não tenham comprado a própria salvação?

27. A passagem de Mateus 5:25,26 poderia se referir a alguma purificação complementar de pecados além túmulo (Purgatório), ou na verdade se trataria do perdão total do pecado do ódio (visto que este é comparado ao homicídio e à ira nos versos 21-24 do mesmo texto), contrariando assim 1 Coríntios 6:9,10 e Apocalipse 21:8 e 22:15, além do próprio conceito de “pecado mortal” (pecado da ira) do catolicismo?

28. Onde está a divina inspiração nestes versos de 2 Macabeus: “… também eu, aqui porei fim ao meu relato. Se o fiz bem, de maneira conveniente a uma composição escrita, era justamente isso que eu queria; se vulgarmente e de modo medíocre, é isso o que me foi possível.” (2 Macabeus 15:37,38 Bíblia de Jerusalém)?

29. Na passagem de Lucas 1:34 Maria responde ao anúncio do anjo: “Como se dará isto, se não conheço varão ?”. No comentário dessa passagem, na versão católica “Matos Soares”, consta: “Por estas palavras vê-se que Maria Santíssima tinha feito voto de virgindade perpétua, o qual estava resolvida a aceitar, não obstante o matrimônio”. No comentário da mesma passagem de Lucas, já a católica Bíblia de Jerusalém declara: “A virgem Maria é apenas noiva (v.27) e não tem relações conjugais (sentido semítico de “conhecer”, cf. Gn 4.1; etc.). Esse fato, que parece opor-se ao anúncio dos vv. 31-33, induz à explicação do v. 35. Nada no texto impõe a idéia de um voto de virgindade”. Perguntaria quais dessas Bíblias é nociva à fé católica, devido a algum destes comentários ser herético?

30. Eu preciso crer em Maria para ser salvo?

31. Como pode Maria ouvir milhões de súplicas ao mesmo tempo, visto que somente Deus possui o atributo da onisciência e onipresença?

32. Se Maria é Advogada dos Homens (Cânon 969 do Catecismo), não seria inconcebível uma advogada advogar perante um outro Advogado – Jesus (1 João 2:1) – ou, pior, Maria advogar perante o Juiz, Deus Pai, tornado Jesus um advogado dispensável?

33. João não viu ninguém digno de abrir o livro da Revelação (o destino da Humanidade) “nem nos céus, nem sobre a terra” (Apocalipse 5:1-5). Não seria estranho o fato do apóstolo não ter visto Maria, preservada de qualquer mancha de pecado ao longo da vida (Cânon 491,493,494 do Catecismo) além de ser considerada a Senhora e Rainha do Universo (Cânon 966 do Catecismo)?

34. Jesus morreu por Maria também?

35. No livro de Isaías 42:8, na tradução Pe.Matos Soares, consta: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a Mim pertence.”. Se o louvor e a glória são exclusivamente divinas, por que Maria é coroada e louvada em procissão e em outras solenidades, ou então coroa não significaria glória e domínio?

36. Não haveria um erro gramatical na narrativa de João, quando se diz “eis aí tua mãe… eis aí teu filho” (João 19:26, 27), ao invés de “eis aí vossa mãe… eis aí vossos filhos…”, visto que João não estava só, mas acompanhado de Madalena e Maria de Clopas (verso 25), além de uma multidão?

37. Durante a festa dedicada a João Paulo II em outubro de 1997 no Maracanã, foi dedicado ao Pontífice uma canção que dizia; “Ave Maria, NOS SEUS ANDORES, rogai por nós pecadores”, interpretada por Fafá de Belém. Tal canção não seria digna de grave censura, já que sabemos que estátuas não rogam e nem Maria vive em andores, perguntaria se o que caracteriza a idolatria não é precisamente o fato de ver o símbolo como sendo o próprio simbolizado?

38. O que significam as expressões “uma vez por todas” e “uma vez” no livro de Hebreus, ao referir-se ao sacrifício de Cristo?

39. Os cristãos ortodoxos (excomungados em 1054) e os cristãos protestantes (excomungados no Concílio de Trento, 1546-1563) que morreram antes do Concílio Vaticano II (1965) foram para o inferno?

Fonte: http://www.cacp.org.br/pergunta-aos-

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